domingo, 30 de agosto de 2009

PARRÁ

E a cidade que viveu em meio ao carinho de seus filhos e da admiração de homens inteligentes, guarda, na austeridade de suas ruas, o eco do sorriso de homens e crianças que nos anos 60 tiveram o privilégio de conviver com a figura cômica de um cidadão chamado "Parrá".

Parrá, era um sujeito engraçado, antigo funcionário dos Correios, na função de carteiro e natural de Alagoa Grande.

Por ocasião de minha estada, aqui em João Pessoa pelos Correios e Telégrafos, onde gerenciei a agência de Correios de Cruz das Armas, fui informada de que Parrá, sempre gostou de trabalhar nas cidades do interior, pois ali era mais fácil de aparecer, tendo em vista o seu comportamento extrovertido.

De Parra, eu me lembro que, gostava de andar bem trajado, de preferência de palitó tipo esportivo, camisa estampada de cor forte, sapatos de duas cores, calças bem folgadas e um pequeno chapéu quadriculado. Bem penteado e de barba feita, impressionava pela sua aparência. Muito simpático, se comunicava muito bem e nunca contava choradeira, embora segundo os que lhe conheceram na agência Central de Correios, em determinados momentos de sua vida, tenha amargado situações um tanto difícil. Muito educado, respeitador e super inteligente. Um verdadeiro artista que gostava de organizar shows, onde apresentava-se desempenhando vários papéis, desde mágico até cantor, cujo estilo era “Jackson do Pandeiro”, seu conterrâneo, o qual interpretava muito bem. Por outro lado, era um exímio professor de malandragem. A ele são atribuídas muitas estórias interessantes, que na ilusão de não cansar meus visitantes, atrevo-me a postar algumas delas aqui neste cantinho.

3 comentários:

Edmundo disse...

Olha mana, Parrá certo dia chegou na praça Pedro Américo, aqui em João Pessoa,todo sisudo; os frequentadores daquela praça conhecendo o caráter bonachão dele pediram para ele contar uma piada,mas o mesmo voltando-se para os amigos adiantou que não tinha clima para contar nada pois estava muito triste,então perguntaram ao mesmo o motivo de sua tristeza, e ele logo falou,que sua mãe havia falecido naquela manhã e que o mesmo não tinha um centavo para comprar o caixão e fazer o funeral da mesma; todos alí se reuniram e logo conseguiram uma boa quantia em dinheiro e entregaram a Parrá. Parrá com um sorriso nos lábios avisou na todos que o enterro seria as quatro hs. da tarde saindo alí da praça da pedra. Quando foi de tarde haja chegar gente na porta da casa de sua mãe,que sem saber de nada(sua mãe), foi logo perguntando para todos o motivo daquele aglomerado de gente; foi quando alguém do meio do povo lhe contou que o filho dela avisou a todos que a mesma havia morrido; Parrá cincamente veio até a porta e assim falou: é vcs insistiram tanto prá eu contar uma mentira,olha aí no que deu!

Mansueto A. Costa disse...

Sou da cidade de Areia, mais atualmente moro no estado do Tocantins, nascido em 1965 não conheci o Parrá, mais cresci ouvido as famosas malandragens do mesmo, através do meu pai, Djalma relojoeir. Lembro que me contava a estoria de uma rede q Parrá queria vender a meu pai, e de tanta insistência, meu pai disse q comprava, aí foram a casa de Parra pegar a rede, chegando lá meu pai ficou na porta esperando,em certo momento meu pai ouviu a esposa do Parrá falando, homi não tire o menino da rede não, deixa o bichim dormi. Aí e meu depois de ouvi isso foi embora. Parrá, mesmo sem te conhecer te admiro, quem por acaso ler esses comentários e poder dar um abraço no Parrá fico grato. Filho de Djalma relojoeiro - Areia

Mansueto A. Costa disse...

Sou da cidade de Areia, mais atualmente moro no estado do Tocantins, nascido em 1965 não conheci o Parrá, mais cresci ouvido as famosas malandragens do mesmo, através do meu pai, Djalma relojoeir. Lembro que me contava a estoria de uma rede q Parrá queria vender a meu pai, e de tanta insistência, meu pai disse q comprava, aí foram a casa de Parra pegar a rede, chegando lá meu pai ficou na porta esperando,em certo momento meu pai ouviu a esposa do Parrá falando, homi não tire o menino da rede não, deixa o bichim dormi. Aí e meu depois de ouvi isso foi embora. Parrá, mesmo sem te conhecer te admiro, quem por acaso ler esses comentários e poder dar um abraço no Parrá fico grato. Filho de Djalma relojoeiro - Areia.