quinta-feira, 15 de julho de 2010

EU E MEUS E-MAIL'S

Na realidade, este é uma relíquia e eu não poderia deixar de postá-lo neste cantinho. Trata-se, mais uma vez de um e-mail por mim recebido e fala de duas mulheres interesantísismas.
A primeira, confesso, se conheço, se é da terrinha eu não me lembro. Mas, a segunda, Avany de Medeiros Queiroz, esta sim... Esta eu conheço e é com muito orgulho que deixo registrado o fato neste cantinho para que interessar possa.
A matéria tem como título: Doceiras que valem ouroPublicado em 05.01.2010
Norma Maria do Carmo Almeida Costa, 72 anos, e Avany de Medeiros Queiroz, 80, são daqueles tipos de doceiras que não se encontram em qualquer esquina. A primeira, moradora do Recife, não domina apenas a arte de misturar açúcar, ovos, frutas, manteiga e leite de coco. Ela mesma faz os delicados embrulhos dos docinhos. Avany, que vive em Areia, Paraíba, é a única na cidade, tombada como patrimônio histórico nacional, que sabe o estica e puxa do ponto do alfenim, uma das mais trabalhosas e raras iguarias de açúcar do Nordeste.
O doce, para elas, é uma arte, e o preparo, um ritual. Para enrolar cem beijos, Norma corta com tesoura 1.500 rodas de papel e as transforma em cachos de flor. Cada cacho leva cinco rodinhas, que precisam ser torcidas 38 vezes, até ganhar forma. Preferida de Madalena Freyre (1921-1997), a esposa de Gilberto, ela conta que o doce predileto do mestre de Apipucos era o quindim. “Fiz muito para ele e continuo atendendo à família. Ano passado, preparei os docinhos dos 15 anos da bisneta dele.”
A especialidade de Norma, neta de portugueses e nascida numa família de doceiras, é a culinária pernambucana tradicional – bom-bocado, quindim, olho de sogra, passa recheada, bala de ovos, beijo. “Cada um tem seu sabor e todos são diferentes. O segredo da receita é usar ingrediente natural e saber dar o ponto”, diz, com a experiência acumulada em 44 anos. “Só faço bom-bocado com queijo do reino Borboleta e jamais troco a manteiga pela margarina. Uso 24 ovos no preparo de uma receita, se diminuir, altera o resultado.”
Ela trabalha sob encomenda, com a filha e uma ajudante antiga, que se encarrega de espremer o coco ralado num pano até tirar o leite puro. Tanta dedicação rendeu a Norma uma bursite e o braço direito mais grosso que o esquerdo. Mas não apagou o sorriso acolhedor. Os doces circulam no mercado local e no internacional. “Envio para Brasília, Barcelona, Estados Unidos e Canadá.”
Avany também espreme o coco num pano para extrair o leite que leva ao fogo brando com açúcar e gotas de limão. “Não pode mexer, só esperar ferver”, ensina a diretora de escola, aposentada, que mora sozinha e aprendeu a receita de alfenim com uma cunhada.
Com uma colher, apanha um pouco da mistura e derrama na água. “Aperto o pingo entre o polegar e o indicador. Se tiver durinho, é hora de tirar do fogo e esperar esfriar.” É quando ainda está morna que dona Avany começa a sovar a massa, esticando e amassando até ficar “no ponto”. A receita ela não repassa mais. “As pessoas não acertavam e me acusavam de explicar errado.” Como também não vende, Avany presenteia o padre da cidade, Adauto Tavares Gomes, com todo o alfenim que faz. “É o melhor que já comi”, elogia o religioso.
A mesa farta de doces trabalhosos, e também de pratos salgados, nas casas brasileiras é o retrato da civilização do açúcar, diz a antropóloga Fátima Quintas, da Fundação Gilberto Freyre. “É um sinal da escravidão, havia mão de obra à disposição das famílias para o preparo das comidas. As escravas passavam tardes inteiras mexendo nos tachos de doce e batendo bolos. É uma mesa diferente da europeia, onde não existe a figura da empregada doméstica como aqui”, compara.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SOMOS INSUBSTITUÍVEIS SIM!


Recebi em um e-mail e achei tão interessante que resolvi postá-lo neste cantinho para sua reflexão.
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível”.
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? – o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio...
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus ‘gaps’.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seustalentos.
Cabe aos líderes, mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se ainda estamos focado em ‘melhorar as fraquezas‘ de nossa equipe corremos o risco de sermos aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E em nossa gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões ‘foi pra outras moradas’; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
“Estamos todos muito tristes com a ‘partida’ de nosso irmão Zacarias… e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém… pois nosso Zaca é insubstituível”
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único, ninguém te substituirá!
“Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor.” (Madre Teresa).