quarta-feira, 12 de agosto de 2009

BERÇO DA CULTURA

Eu vivi em Areia, precisamente nos anos 60 e 70. Nesse tempo, a cidade era bonita em todos os aspectos. As pessoas se conheciam mais, se visitavam e partilhavam seus problemas. Enfim, esse era o tempo em que se exercitava a convivência humana.

No que eu recordo, éramos uma família pequena. Meu pai - José Antonio, minha mãe - Ana e meus dois irmãos – Edmundo e Epitácio(que Deus levou aos 6 anos de idade). A meu pai, Deus deu talento para o comércio e ele foi um talentoso comerciante nessa cidade.

Naquele tempo, a economia era baseada na cana de açúcar e no sisal, e, além dos engenhos e da agricultura, a cidade ainda contava com a Fiação e Tecelagem Arenópolis, fabrica de tecidos que dava emprego a muita gente e a famosa Usina Santa Maria. Isto sem esquecer das oficinas de sapatos e mecânicas, da famosa Escola de Agronomia do Nordeste, do Sesp, Samdu e outras repartições públicas cada uma com seus quadros de funcionários, o que dava a cidade uma considerável renda per capta.

Os meios de transportes eram escassos e de difícil aquisição, mas, por outro lado, o nível de educação das pessoas era de chamar a atenção, e em especial a hospitalidade do seu povo, dotado de um comportamento impar nos ambientes freqüentados.
A cidade sempre contou com bons colégios, e alguns educandários que dava oportunidade de aprendizado a todos os níveis sociais da cidade, desde os mais abastados aos menos favorecidos. O fato é que a cidade sempre foi conhecida como o berço da cultura e isto tem sido o seu marco até os dias de hoje.


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