segunda-feira, 5 de outubro de 2009

VIRTUDE E FÉ

Depois da minha decisão em seguir a Cristo, eu nunca me imaginei escrevendo algo que girasse em torno daquilo que fizesse mal ao organismo ou a qualquer outra coisa. Mas, afinal quer queiramos ou não, o mal existe e campeia o nosso planeta. Alicerçada, pois, nas palavras de Jesus em sua oração de consagração(Jo. 17:12-17) dias antes de sua morte na cruz, é que decidi escrever e postar o texto abaixo, por tratar-se na minha opinião, de uma das mais belas histórias de amor, de superação, de criatividade, de crença e de muita, muita virtude e fé.

Os protagonistas desta história se chamam Antonio Augusto e Maria Julia e a história é o relato de um sonho. Proprietários do Engenho Triunfo, que se localiza a seis quilômetros da cidade de Areia, o jovem casal de empreendedores tem muito a contar para quem visita as dependências de sua fábrica.


O relato é feito por uma esposa apaixonada, que por amor assumiu o sonho do marido e com ele foi às últimas consequências. Maria Julia fala que o sonho de Antonio Augusto era produzir a melhor cachaça de Areia, mas além de não ter recursos financeiros, não conhecia nada de cachaça... Após receber uma herança comprou uma moenda e um alambique e começou a produzir cachaça, a princípio muito ruim (conta Maria Julia que provava), mas depois com persistência e dedicação o processo foi devidamente corrigido e a boa cachaça que hoje se conhece, começou a ser fabricada. No meio desse percurso muito trabalho, pouco tempo para os filhos e muita, muita inteligência e criatividade... A venda começou com Maria Julia visitando cada estabelecimento; as máquinas que eram muito caras, Antonio Augusto mesmo fazia... O moinho de carne da mãe dele, virou máquina de tampar; a peça de bico de porco beber água nas pocilgas virou envasadora; a centrífuga da irmã virou máquina de polir garrafas; o pote de doce da mãe virou um lindo filtro de cachaça e a mesa de um frigorífico que nunca funcionou virou máquina de esterilizar garrafas... Hoje os quatro filhos estão crescidos e mergulhados no mesmo sonho, o mais velho faz Engenharia Química na UFCG e Química Industrial na UEPB, e conseguiu transformar a “cachaça de cabeça”, que antes se jogava fora, por conta do alto teor de cobre e grau alcoólico bastante elevado, em álcool combustível utilizado pelos carros da fábrica, e os demais já agregam valor ao negócio. Um negócio que conta com muitos empregos diretos e mais de duzentos indiretos, contribuindo com a cidade e o estado, que incentiva a produção da cana de açúcar pelos pequenos produtores, de onde compram, conscientizando-a de que o seu sonho hoje se multiplicou e alimenta muitas famílias naquela região. Se isso não for virtude e fé, realmente não sei mais o que seria.







2 comentários:

Aderaldo Luciano disse...

Gostaria de fazer um comenmtário aqui que reluzisse como agradecimento. De quando de minhas vicissitudes no Rio de Janeiro, lançando meus livros, participando de algum evento, dando palestras ou aparecendo na TV, envio convites para minha lista de amigos areenses. Raros respondem ou fazem comentários. Maria Júlia tem sido aquela que sempre me responde e me dá forças. Embora ela saiba que não bebo, diz guardar com carinho uma amostra da aguardente Triunfo para mim, quando qualquer dia for a Areia. É um casal de fibra, passando por cima dos percalços e registrando seu percurso. As autoridades areenses deveriam pedir a benção a esses dois empreendedores.

Bete disse...

Concordo com você, amigo!
Eles são realmente um exemplo a ser seguido e um orgulho para os areenses.