domingo, 15 de agosto de 2010

NÃO SEI POR QUE VOCÊ SE FOI

Hoje, mais uma vez eu voltei ao passado. Voltei a ser criança... Adolescente... Voltei a Areia. Hoje fazem, 85 anos que na pequena cidade de Areia nascia um homem de temperamento forte, mas, de coração generoso e que em meio as adversidades da vida sabia enfrentar tudo, com coragem e decisão. Quanta saudade! Como seria bom tê-lo aqui neste momento. Como seria bom vê-lo brincar com Guilherme... E coincidência ou não ele é do seu dia (15). Nasceu em 15 de maio. Hoje está completando três meses.

Há quem diga que “ninguém é insubstituível...”. Não concordo! Você é insubstituível! Ninguém jamais vai me falar como você falava... Ninguém, jamais vai me amar como você... Ninguém jamais vai ter a coragem que você tinha de me dizer a verdade e muitas vezes ferir meu coração apesar de me amar muito. Sim, pai, eu sei o quanto você me amava. E eu louvo a Deus pelo privilégio de ter tido você como pai.

Meu coração, neste momento, está tão triste e saudoso que faço minhas as palavras do poeta quando diz: Não sei porque você se foi ... Quantas saudades eu senti...E de tristezas vou viver...E aquele adeus não pude dar... Você marcou na minha vida...Viveu, morreu na minha história... Chego a ter medo do futuro...E da solidão que em minha porta bate...
E eu!Gostava tanto de você...

Ao mesmo tempo, no meu íntimo, eu me conformo por que sei em quem tenho crido e Ele é poderoso para fazer muito mais do que pensamos. Você lutou e se foi... “Combateu o bom combate, acabou a carreira, mas guardou a fé”, por isso, eu sei onde você está... Você foi receber a incorruptível coroa de glória, que Deus, justo juiz, tem guardado para os que o amam. E um dia, pela minha fé... Fé, que você implantou no meu coração desde a mais tenra idade eu vou encontrá-lo na morada celestial junto ao Deus todo poderoso por que eu sei que você o amava e o respeitava acima de todas as coisas. Obrigada pai, obrigada pelo exemplo de amor e fé que você deixou pra mim...
Sua Beba

2 comentários:

Dora Casado disse...

Todos somos insubstituíveis!Ainda mais ele... um vozinho tão lindoooooooo!!! E eu sei de um mini Gui que ía adorar conhecê-lo!!!
A-quele!

Gildo Cândido disse...

Olá, Bete.

Foi com imenso prazer que descobri seu blog em uma das minhas navegações pela Internet em busca de notícias que aplaquem um pouco da imensa saudade que sinto de minha querida Areia. Qual não foi minha surpresa ao ler uma mensagem sobre a queridíssima Avany Medeiros, ex-diretora do Carlota Barreira, onde estudei da terceira à oitava série na década de oitenta, e com quem tive o privilégio de conviver. Dona Avany era temida pelos alunos, alguns a consideravam um pouco rígida demais, brava até. Todavia tenho com ela uma gratidão infinita, pois foi esta grande mulher que inspirou em mim o gosto e o prazer pela leitura, hábito que manterei sempre. Lembro-me de que um dia estávamos na sala de aula conversando e fazendo algazarra durante uma janela de aula vaga. Nós fazíamos tanto barulho que Dona Avany desceu de sua sala, veio até nós, muito brava, como sempre, e disse: "Por que em vez de ficarem aí nesta bagunça, vocês não vão à biblioteca e leem um livro? Tirariam mais proveito e não atrapalhariam as outras salas que têm aulas!" Eu resolvi seguir o conselho dela. Fui à biblioteca e nunca mais saí de lá. Era só ter um tempinho livre que me enfiava nos livros. Lá encantei-me inúmeras vezes com as maravilhosas histórias de Monteiro Lobato e li pela primeira vez Robinson Crusoé e As Viagens de Gulliver. Ah, que tempos bons! Moro em São Paulo há 21 anos, sou Servidor do Ministério Público Federal e meu amor pela leitura me levou ao mundo do Direito na Universidade Mackenzie. Tenho uma vida boa aqui no Sudeste, mas não esqueço minha querida terra, que visito duas vezes por ano para rever os meus. De vez em quando vejo Dona Avany por lá. Talvez ela não saiba o quanto aquela sementinha que plantou em mim brotou, cresceu e frutificou, mas da próxima vez que for a Areia, eu direi isto a ela e contarei o quanto sou grato pelo que fez por mim. Abraço, Bete. Do seu leitor, Gildo.